sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ciave alerta para boato sobre aparecimento de nova espécie de cobra em Itaparica

Cobra do deserto. (Imagem: thewildhanbury) 
O Centro de Informações Antiveneno (Ciave), centro estadual de referência em Toxicologia e órgão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), alerta para mais um boato que está circulando em diversos grupos de mídias sociais. Segundo a informação que está sendo propagada, “uma nova espécie de cobra está tirando a paz dos banhistas na ilha de Itaparica principalmente na praia de barra grande onde foi encontrado o maior numero da espécie ,pois se trata de uma espécie muito venenosa, muito cuidado ao trafegar na areia ,ela ataca com muita facilidade.”

Segundo Jucelino Nery, farmacêutico do Ciave e coordenador do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos na Bahia, esta notícia não passa de um “fake”, ou seja uma notícia falsa. Além dos fortes indícios de boato por conta das características da notícia e do vídeo divulgado mostrar uma víbora do Deserto do Saara, inexistente no Brasil, a questão foi verificada junto aos serviços de vigilância epidemiológica dos municípios de Itaparica e Vera Cruz, não havendo nenhum registro do suposto aparecimento.

Ainda segundo Jucelino Nery, no Brasil existem apenas quatro gêneros de serpentes peçonhentas: Bothrops (que são as jararacas), responsáveis por cerca de 90% dos acidentes ofídicos; Crotalus (as cascavéis), cerca de 8% das ocorrências; Lachesis (as surucucus), correspondentes a 1,5%; e o Micrurus (as corais), responsáveis por 0,5% dos acidentes.

No caso de picada por qualquer animal peçonhento (serpente, aranha, escorpião, abelha, ou qualquer outro deste grupo) deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde para o tratamento adequado. Jucelino ressalta que não se deve passar nada no local, além de água e sabão, muito menos usar torniquete, fazer cortes ou sugar o local da picada.

O Ciave conta com uma equipe de plantão 24 horas por dia, que pode ser contatada através do número 0800 284-4343, para prestar orientações à população quanto às medidas de prevenção e primeiros socorros, assim como aos profissionais de saúde em relação ao diagnóstico e tratamento referentes a envenenamentos.

Fonte: Ciave.

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